Detroit é uma cidade que dificilmente faz parte dos roteiros turísticos. Fica fora de mão, é considerada violenta, não possui grandes atrações nas redondezas, e no inverno chega a fazer “dezenas” de graus negativos. Mas é a cidade mundialmente conhecida como a Capital do Automóvel. Na região encontram-se a Ford, a GM e a Chrysler.
Estive novamente em Detroit no final de Outubro, e fui surpreendido por um vôo direto da Delta, que faz o trajeto as 2as e 6as partindo de São Paulo. O vôo estava vazio.
Fui a trabalho com mais duas pessoas, fiquei 3 dias na Motor City, e posso dizer que faltou tempo para fazer tudo o que gostaríamos. Logicamente passávamos a maior parte do dia no escritório, mas ainda assim, deixamos muita coisa para uma próxima viagem.
A primeira dica é alugar um carro. Contar com taxi ou ônibus em Detroit pode ser uma grande roubada, a não ser que você fique apenas no centro, no circuito hotel-trabalho-hotel.
O centro da cidade é bem pequeno, e cheio de prédios abandonados. O principal destaque é o cartão postal da cidade, o Renaissance Centre, aquele conjunto de altos prédios envidraçados, sendo o principal um edifício redondo de 70 andares, que já foi a sede da Ford, e atualmente é a sede da GM. Lá você pode conhecer uma permanente exposição dos melhores carros da GM, e vai ficar com vontade de se matar, ao descobrir os valores dos carros para o mercado americano. Fora isso há alguns bons restaurantes: O Andiamo (na entrada), o Forty-Two Degrees North restaurant no Marriott, e o Coach Insignia, no 70º andar, (e com uma vista magnífica da região, do Canadá e do Lago Michigan), são ótimas opções.
Em frente ao Renaissance Centre encontra-se o River Walk, que é um calçadão (zinho) onde muitas pessoas vão passear, correr, e ver a movimentação no Rio Windsor que separa Detroit da cidade Canadense de Windsor. No River Walk é onde antigamente ficavam os boxes do GP de Detroit de F-1, onde o Ayrton Senna cansou de dar baile.
Para passeios com crianças, ou para fazer esportes outdoor, existe a Ilha de Belle Isle. É um grande parque, com algumas atrações interessantes. Aliás, a primeira vez que fui a Belle Isle foi em 1994 para assistir a uma corrida de Fórmula Indy, onde o Emerson Fittipaldi foi pole position. Até hoje acontece a corrida em Belle Isle no verão.
No centro encontra-se também o Comerica Park, onde está o bonito estádio de baseball dos Tigers. Eu acho baseball sem graça, mas vale como programa diferente, e você não precisa ficar até o final. A loja de 2 andares do time é bem bacana, e dá para comprar um uniforme/pijama de baseball e mil outros cacarecos. Também no Comerica Park encontra-se o maravilhoso Fox Theatre (ver post sobre o Frankie Valli que fiz em Abril).
Estádio do Tigers |
Enquanto estiver no centro, pode-se utilizar o simpático People Mover para circular pela cidade. É um trem suspenso, super barato, que para na maioria dos pontos interessantes.
Um ponto de concentração de bares e lugares para sair a noite é o Greek Town. Além de obviamente encontrar vários restaurantes gregos, tem um cassino chamado Greektown.
Em matéria de cassinos, os mais sofisticados são o MGM Grand (O hotel é um espetáculo), e o Motorcity. Nenhum deles se compara a Las Vegas ou Atlantic City, mas são bem grandes, barulhentos e defumados. De fato, não sou o maior fã de cassino, mas as vezes vamos lá para mostrar a alguém que nunca foi, e por que tem boas opções de restaurantes também. Por exemplo, o ótimo Bourbon Steak no MGM Grand.
Motorcity Hotel Cassino |
MGM Grand Hotel Cassino |
Para mim, que sou fanático por música e por carros, duas atrações imperdíveis de Detroit são o Estúdio Motown, e a Ford em Dearbon.
Motown:
Este foi um dos mais influentes estúdios a partir do fim da década de 50, e foi responsável por lançar músicos negros, em uma época de absoluto racismo. O brilhante dono Barry Gordi usava estratégias super sofisticadas para a época, como criar capas dos discos sem foto dos cantores, para não ser rechaçado nas rádios, e criou técnicas de gravação como “reverb”que até hoje são obrigatórias em qualquer gravação.
Motown |
Pouca gente conhece a Motown, mas quando entra no simpático museu, com guias espetaculares, que chegam a emocionar de tanta paixão e dedicação, logo cai a ficha de quem são os artistas. Nada mais nada menos que Diana Ross e as Sublimes (era a recepcionista da gravadora), Marvin Gaye- Mr Sexual Healing ( Era o faxineiro da gravadora), Stevie Wonder (chegou com 11 anos), Lionel Richie (Na época com os Commodores) e nada mais nada menos que os Jackson 5.
Tirando os super conhecidos, existem vários outros que você não liga o nome a pessoa, mas quando o guia começa a cantar, você identifica na hora, e até os estrangeiros no tour começam a cantar a música de cabo a rabo. É de arrepiar!
Ford em Dearborn:
Este é um passeio magnífico, e, se quiser você pode dedicar praticamente o dia todo para fazer.
Lá encontram-se uma série de atrações impecáveis como o Museu Ford, localizado dentro da antiga fábrica da Ford (dos modelo T), e a Greenfield Village, que era originalmente a vila onde moravam os trabalhadores, e que o Henry Ford utilizou para preservar a história industrial americana de uma forma bastante extravagante. Ele simplesmente comprou algumas casas de pessoas como Thomas Edison, Irmão Wright, Henz (das mostardas) entre outros, desmontou as casas, e as levou para a vila. Ou seja, você tem a oportunidade de conhecer o laboratório do Thomas Edison, e a oficina dos irmão Wright, ali mesmo. As pessoas que trabalham na vila vestem-se a caráter, e os meios de transporte são também de época, como calhambeques, uma Maria Fumaça e carruagens. Os funcionários ainda circulam com aquelas bicicletas antigas cuja roda dianteira é enorme e a traseira pequenininha.
O museu é espetacular, conta desde a história da busca pelas melhores formas de gerar energia elétrica para as fábricas, passando por momentos históricas da vida cotidiana americana, até obviamente a evolução dos carros, e dos trens. Há também uma exposição da maioria dos carros presidenciais, inclusive o que estava o presidente Kennedy durante o atentado.
Em termos de compras, as melhores opções são o Great Lakes Crossing Outlets (45 minutos), com basicamente todas as boas lojas de Outlet, e preços absurdamente baratos, e o Tanger para lojas de grife.
Nas redondezas de Detroit um bom passeio é conhecer as cidades universitárias de Ann Arbor (University of Michigan) e East Lansing (Michigan State University). São consideradas duas das melhores universidades americanas, e as cidades são muito bacanas. Eu morei em East Lansing em 1994, e adorei. A Universidade é muito grande e bonita, e você pode conhecer todo o campus de carro ou bicicleta.
Estádio da Michigan State University (Spartans) para 90 mil pessoas |
Outra boa opção nas redondezas é cidadezinha de Royal Oak, uma ótima opção para jantar e depois cair na balada. Especialmente no excelente e super animado clube de blues Menphis Smoke (100 S Main St, Royal Oak, MI - Phone: (248) 543-4300 ).
Por último, como já sugeri no post “Quer um programa legal..”(28/04/2010), uma boa dica é sempre procurar no jornal as atrações da semana. Foi assim que acabei assistindo ao ótimo show de bluegrass do Steve Martin, descobri que o Jerry Sainfeld faria um stand up comedy, que haveria show do Kid Rock e do Green Day, etc. Você ainda pode descobrir se haverá jogo dos Tigers ou do time de hockey Red Wings na semana que você estiver lá. Por não ler o jornal, certa vez perdi a oportunidade (de bobeira) de assistir a uma corrida do de lanchas offshore no Rio Windsor, totalmente grátis.....
Boa viagem!
Ótimas dicas!!!
ResponderExcluirA guide to a casino: the best sign up bonuses - JTHub
ResponderExcluirWe're going to 거제 출장샵 go into detail 김천 출장마사지 here 수원 출장마사지 about casino bonuses, 제주 출장마사지 the most important aspects of casinos, and how to find the best 전라남도 출장마사지 bonus codes for the top online
joya shoes 337o5lgxxa605 joya sko danmark,joya sko norge,joya skor stockholm,joya cipő,joya zapatos,joya schoenen,joya scarpe,joya chaussures,joya schuhe,joya schuhe deutschland joya shoes 599k9vcika083
ResponderExcluir