sábado, 8 de maio de 2010

De São Paulo a Bariloche de busão

Na década de 80 o meu pai trabalhava para uma fábrica de ônibus em Joinville, chamada Nielson, depois mudou o nome para Buscar. E sempre tinham ônibus saindo para o Uruguai, Chile, Peru, Bolívia, entre outros paises.

Sempre íamos para o Uruguai no inverno visitar a "Abuela", e em 1988 decidimos ir para o Uruguai em um ônibus novo da Turil, de Rivera (Fronteira com o Uruguai). O dono da Turil foi pessoalmente buscar o ônibus e o trouxe guiando até o Uruguai.

Inicialmente éramos meu irmão, eu, e o nosso primo Juan, que também sempre ia para o Uruguai no inverno. Surgiu então a idéia de irmos depois para Bariloche. Como o sócio do meu pai tinha uma agência de turismo, nos conseguiu passagens de graça para Buenos Aires, e um esquema baratinho para Bariloche.

Comentei o plano na escola, e mais dois amigos se juntaram a nós. A Marina, e o Santiago. Nos encontramos com os amigos da escola em Buenos Aires, depois de termos viajado de São Paulo para Joinville de Itapemirim, de lá para a fronteira do Uruguai de ônibus novo, de Rivera para Montevideo de graça, em um ônibus da Turil, de Montevideo para Colônia de graça em um ônibus da COT, para então cruzar o Rio da Prata de graça de Buquebuss.

A passagem curiosa foi de Rivera para Montevideo, onde o ônibus era puro muambeiro. A polícia parou o ônibus e foi o maior auê. Só então pudemos notar que as mulheres estavam vestidas com 3 calças, 4 camisas, e tinham comprado todas as caixas de Chocolate Garoto que viram pela frente.

De volta a Buenos Aires... Quando chegamos ao local de partida da excursão, percebemos que o pacote barato era bem pop. A turma era composta de figuras super simples, que nunca haviam viajado na vida.

A viagem foi cansativa, mas na manhã seguinte estávamos em Bariloche.

Foi muito divertido. Os “colegas” eram muito engraçados, jogavam futebol no corredor do hotel, e falavam besteira 24 horas por dia.

Como parte do pacote “queima filme”, fomos todos alugar roupas de neve, e ficou todo o grupo andando como se fossem astronautas pela cidade.

A primeira visita a neve foi de chorar de rir. Foi pura queimação de filme. Era nego jogando neve, e errando o alvo, gente chupando neve, descida de bunda em plena fila do ski lift, em fim, um horror. Mas a gente morria de rir.

Nesta viagem dei a minha primeira esquiada (não contou, a não ser para queimar o filme), e no dia seguinte foi a vez do Juan, em frente as câmaras, dar um show de esqui. Daria para ele ocupar sozinho o horário das vídeo cassetadas. Foi de chorar de rir. Digno do nível da viagem. Cada perna ia para um lado, caia de bunda e depois descia girando de ponta cabeça, o esqui saia ladeira abaixo e ele saia correndo com um esqui só no pé, descia de costas, uma perna travava e a outra ia, e por aí vai. Sensacional. O câmera man quase não se agüentou de tanto rir.

Bariloche é um lugar lindo, que permite combinar muitos programas diferentes. Desde esquiar no Cerro Catedral, conhecer os maravilhosos parques, até curtir uma balada digna da Argentina. Na época, lembro da Grisu, que ficava a beira do lago Nahuehuapi, e da pista de dança você via o maravilhoso lago pelos janelões.

Quanto aos nossos dons de esqui, posso afirmar que os 3 atualmente mandam bem pra caramba no esqui.

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