Ainda uma opção interessante
Viajo todas as semanas para o Rio, e de vez em quando fico para dormir. Como meus clientes estão na Barra, ou em Ipanema/Leblon, acabo sempre ficando em diferentes hotéis de Ipanema e Leblon, que são as regiões mais espetaculares da cidade. Moraria fácil por ali, especialmente no Leblon.
A pouco tempo estive no RJ com um inglês que trabalha em minha empresa, e ele insistiu em ficar no Intercontinental, por conta do programa de fidelidade que ele possui. Não era uma opção lógica para mim, por que me parecia um hotel caro, decadente, e fora de mão. Mudei de opinião. Depois daquela vez, fiquei mais três vezes no hotel.
Para quem já esteve no hotel a muitos anos atrás, a primeira sensação é de que a piscina era maior. De fato ERA. Era uma daquelas piscinas grandes de hotel de Miami Beach, tipo resort, onde alguns quartos tinham a varanda no mesmo piso da piscina. A alguns anos o hotel vendeu uma boa parte do terreno para a construção de um prédio residencial, e a obra agora está embargada. (Mandaram bem!!!! Tiraram uma piscina maravilhosa, e ganharam uma obra embargada ao lado...) Bom, agora a piscina é meio sem graça, mas sempre tem gente lá.
Piscina antiga do Intercontinental do Rio |
Piscina atual do Intercontinental RJ |
Considerando a fortuna que se paga para ficar em Ipanema e Leblon, o Intercontinental tem preço super competitivo. E tem amenidades que nenhum daqueles hoteizinhos de Ipanema têm. A piscina apesar de sem graça, é uma boa piscina, fora isso, existem diferentes ambientes para trabalhar ou se reunir com alguém (os de Ipanema muitas vezes não tem sequer um cantinho calmo para fazer um conference call), tem aquele tradicional bar de recepção que os gringos adoram (já os brasileiros preferem sair para um bar de rua), e tem uma ótima academia de ginástica terceirizada, com todo tipo de equipamento, instrutor e aulas variadas. Isso faz diferença.
Academia do hotel Intercontinental do RJ |
O hotel está, de fato, bem decadente. Algumas paredes do bar parecem ter tido umas 45 demãos de tinta nos últimos anos, o forro tem bolhas, os móveis e o carpete estão cansados (as vezes quebrados), e por fora o prédio tem algumas rachaduras bem grandes. O curioso é que o hotel vive cheio, portanto, deveria tem um bom fluxo de caixa para pagar os estragos do uso. A maior parte dos hóspedes é composta de estrangeiros (que preferem fiar nas grandes redes internacionais) e tripulações de empresas aéreas. Dica: Insista em pegar um quarto de não fumantes. Fale de forma pausada, e repita para ter certeza que o recepcionista entendeu bem, e qualquer coisa peça para ele escrever o que entendeu. N-ÃÃÃÃ-OOOO FU-MAN-TEEEE!!! Repetindo... Peça para ele repetir com você. Os quartos de fumantes têm cheiro tão forte, que parece que você foi jogado em uma piscina de cinzas de cigarro. Basta um passo para dentro, para você recuar, e voltar para o corredor. Pior que nesta última vez eu pedi (não de forma enfática) e quando abri a porta do quarto, veio a brisa. Não precisei nem entrar...
A parte gastronômica é também muito bem servida, contando com um ótimo café da manhã no restaurante Aquarela, e o badalado restaurante espanhol Eñe. Como todo hotel antigo 5 estrelas, tem também aquele cacoete de vender tudo 5 vezes mais caro, o que incomoda um pouco, especialmente quando você quer comer um sanduichinho, e vem uma fatura d R$ 30. Antigamente contava com o tradicionalíssimo Alfredo di Roma.
Restaurante Eñe |
A localização também se mostrou muito boa. A praia de São Conrado é maravilhosa, uma das vistas do hotel é para a espetacular Pedra da Gávea, e pro Clube de Golfe da Gávea, e logo atrás do hotel está o Fashion Mall com lojinhas simpáticas, bons cinemas, um teatro, e muita gente bonita. Apesar de ter a Favela da Rocinha na outra visada do prédio, todo mundo na região jura ser uma região absolutamente tranqüila, inclusive na praia. Para ir ao Leblon, a corrida de taxi não chega a R$ 15.
Vista da pedra da Gávea, e do clube de Golfe. (detalhe: Piscina antiga) |
Por fim, voltando a praia, para quem gosta de correr na orla, a praia de São Conrado e muito gostosa. O circuito é curto, e em uma corrida de 30 minutos eu costumo fazer duas idas e voltas, mas isso é só um detalhe. No final da praia, dependendo do horário você vai ver as Asas Delta e os Paragliders pousando lentamente na areia. Os prédios no final da orla são um show a parte. O final da orla é também a área mais tranqüila para ficar na praia, caso você tenha receio de ficar no começo, próximo a Rocinha.
Conclusão, apesar de decadente, e cheio de coisas a melhorar ( e espero que melhorem antes da Copa do Mundo), o Hotel Intercontinental do Rio de Janeiro é ainda uma boa opção para ficar. Voltarei mais vezes.
ai pobretao de merda so disse lixo,recalcado, deve estar falando do ho da avenida ipiranga com sao joao.
ResponderExcluir